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Cachorros salvam homem atacado por onça-pintada no Mato Grosso do Sul

De acordo com os bombeiros, vítima foi verificar a origem de um mau cheiro na mata quando foi atacado pela onça, que protegia sua caça. ONG diz que onça protegia a caça e que presença de cães pode tê-la tornado agressiva 
Do G1 

Um homem de 58 anos foi salvo por 5 cachorros de estimação ao ser atacado por uma onça-pintada em uma fazenda de Porto Murtinho, a 440 km de Campo Grande.

Homem é salvo por cães ao ser atacado por onça em fazenda de Porto Murtinho (MS). — Foto: Diego Ruíz
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o ataque foi no último domingo (14) e a vítima precisou de atendimento médico por conta dos ferimentos. Conforme a ocorrência, o homem levou uma mordida e um tapa do animal na região das costas, o que causou vários arranhões.

Segundo o relatado pelo homem à corporação, ele foi verificar a origem de um mau cheiro em uma mata acompanhado de seus cães. Ao chegar ao local, constatou que tratava-se de um animal morto e neste momento, foi atacado pela onça. Os cães começaram a latir, assustaram-na e ela fugiu.

Segundo o coronel Queiroz da Polícia Militar Ambiental (PMA), em duas outras ocasiões, funcionários de uma fazenda foram verificar mau cheiro e foram atacados por onças também, porque especialmente a onça-pintada costuma defender seu alimento:

"Ela mata a presa, depois fica se alimentando e vigiando essa carne. Essa é uma das formas em que ela pode atacar o ser humano, porque a onça-pintada não encara um ser humano adulto como uma presa, ela tende a se afastar, mas para defender seu alimento ou seus filhotes ela pode atacar", explica.

O presidente da Organização Não-Governamental (ONG) Panthera, Leonardo Avelino, explica que a onça pode ter interpretado a presença dos 5 cães como uma "concorrência" alimentar para a caça que protegia: "As onças costumam ficar agressivas com a proximidade de cães, a razão do ataque pode ter sido justamente a presença deles", afirma.

De acordo com os bombeiros, o homem foi levado para o hospital da cidade. Ele foi atendido e liberado no mesmo dia. O G1 tentou contato com a vítima, mas até a publicação desta reportagem as ligações não foram atendidas.

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