Em depoimento à Polícia Civil, o adolescente disse que agiu sozinho no duplo homicídio que vitimou Erisvan Guajajara, de 15 anos. Crime foi registrado no município de Amarante do Maranhão
Do G1 MA
Erisvan Soares Guajajara, de 15 anos, foi morto a golpes de faca no Maranhão. — Foto: Reprodução/TV Globo |
Em depoimento à Polícia Civil do Maranhão, um adolescente confessou ter matado o jovem indígena Erisvan Guajajara, de 15 anos e o não indígena José Roberto do Nascimento Silva, de 23 anos, mortos a golpes de faca durante uma festa no último dia 13, no município de Amarante do Maranhão, localizado a 687 km de São Luís. A polícia não descarta o envolvimento de outras pessoas no crime.
O adolescente disse que agiu sozinho no duplo homicídio e que o crime foi motivado por conta de uma discussão entre ele e José Roberto do Nascimento durante a festa. Erisvan Guajajara teria presenciado o crime e por isso, também foi morto.
As outras quatro pessoas que haviam sido presas por suspeita de participação no homicídio foram liberadas pela polícia. De acordo com o delegado regional de Imperatriz, Erich Gomes, o inquérito que investiga o homicídio não será encerrado.
O adolescente continua preso na unidade da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) no bairro Três Poderes, em Imperatriz, município localizado a 629 km da capital maranhense.
Entenda o caso
O índio Erisvan Soares Guajajara, de 15 anos e o não indígena José Roberto do Nascimento da Silva, de 23 anos, foram mortos a golpes de faca na madrugada desta sexta-feira (13), durante uma festa realizada no município de Amarante do Maranhão, localizado a 687 km de São Luís.
Os corpos foram encontrados em um terreno baldio próximo a um campo de futebol. De acordo com o um dos irmãos do indígena, ele havia saído há 25 dias da Terra Indígena Araribóia, onde morava, e que está localizada a 25 km do centro de Amarante.
Mortes de indígenas no Maranhão
Com a morte de Erisvan Guajajara, subiu para quatro o número de assassinatos de índios da etnia Guajajara registrados em menos de dois meses no Maranhão.
Em 7 de dezembro, um ataque a índios matou dois caciques e deixou ferido outros dois indígenas no município de Jenipapo dos Vieiras. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso, que corre sob sigilo.
Em 1º de novembro, o ‘Guardião da Floresta’ Paulo Paulino Guajajara também foi morto durante uma emboscada. Por conta dos ataques, o ministro da Justiça, Sergio Moro, determinou que a Força Nacional na região. As tropas devem permanecer por 90 dias.
Paulo Paulino Guajajara e Raimundo Guajajara foram um dos quatro índios mortos em dois meses no Maranhão. — Foto: Divulgação/APIB/Sarah Shenker/Survival International |
0 Comentários