Todos se lembram quando Anapurus e Mata Roma estiveram no centro de uma investigação conduzida pela Rede Globo de televisão, através do quadro “Cadê o dinheiro que tava aqui?” do Programa Fantástico.
Imagem reprodução Youttube |
Em 2014, a equipe de reportagem se valeu de relatórios da Controladoria Geral da União – CGU, que apontaram desvio na ordem de 30 milhões de reais nas duas cidades. As prefeituras contratavam empresas fantasmas que não executavam as obras e mesmo assim recebiam pagamentos milionários.
Após a reportagem, alguns desses contratos foram algo de investigação por parte do Ministério Público Estadual, e viram ações de improbidade administrativa.
Em um desses processos, que tramita na Comarca de Brejo em segredo de justiça, se investiga o contrato no valor de R$ 1.287.000,00 (um milhão, duzentos e oitenta e sente mil reais) firmado com a Construtora Santa Margarida para construção de sistema de abastecimento de água na zona rural de Anapurus. Conforme apurado, as obras nunca foram realizadas.
São réus nesse processo Cleomaltina Moreira Monteles (ex-prefeita), Manoel Francisco Monteles Neto, vulgo Zominha (ex-secretário de saúde), Gilmara Lima de Almeida (ex-assessora jurídica), Magno Souza dos Santos (ex-presidente da comissão de licitação), Robert Rossandro de Sousa Monteles (ex-membro da comissão de licitação), Tiago de Sousa Monteles (ex-membro da comissão de licitação) e Rejania Maria Pinheiro Santos (proprietária da Construtora Santa Margarida).
No processo, ajuizado no ano de 2015, o Ministério Público pede o Poder Judiciário condene os réus: a) ao ressarcimento integral do dano; b) perda da função pública; c) suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 5 a 8 anos; d) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 5 anos; e) pagamento de multa.
Acontece que, embora tenha sido ajuizado em 2015, o processo caminha a passos de tartaruga e, passados 5 anos nenhuma medida concreta contra o acusados foi tomadas, e os réus, sequer, ainda se manifestaram no processo.
Esperamos que a justiça seja mais célere, e puna os responsáveis pela má utilização do dinheiro público.
Relembre o caso no vídeo abaixo:
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