De acordo com as investigações, os suspeitos planejavam, inclusive, homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação.
O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro acompanha o debate nos Estúdios Globo como convidado do presidente Jair Bolsonaro — Foto: Stephanie Rodrigues/g1 |
A família do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) já estava sendo monitorada desde janeiro por integrantes do PCC suspeitos de planejar matar e sequestrar autoridades, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo. O senador afirmou que era um dos alvos do grupo criminoso.
Nesta terça-feira, uma operação da Polícia Federal prendeu nove pessoas suspeitas de integrarem a facção criminosa que planejava os atos contras as autoridades.
Outro alvo dos criminosos era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que desde o começo dos anos 2000 investiga a facção que atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Gakiya vive há mais de dez anos sob escolta policial, 24 horas por dia, por causa das ameaças de morte recorrentes que recebe.
O promotor teria alertado, por telefone, o procurador de Justiça de São Paulo Mário Sarrubo, que estava em viagem ao Tocantins, sobre Moro estar sendo monitorado. Sarrubo, então, alertou Moro e a cúpula da Polícia Federal.
Informações dadas à Diretoria-Geral da PF
Sarrubo e Gakiya foram até Brasília em janeiro e se reuniram com Moro e a mulher dele, Rosângela Moro (União Brasil-SP), eleita deputada federal. Todas as informações reunidas foram repassadas para a direção-geral da PF, que designou um delegado para abrir uma investigação. Sergio Moro e a esposa passaram a ter reforço na segurança pessoal.
Chefes das polícias legislativas também foram comunicados sobre a investigação.
De acordo com as investigações, os suspeitos planejavam, inclusive, homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação. Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.
A retaliação a Moro era motivada por mudanças no regime de visitas em presídios. Criminosos também trabalhavam com a ideia de sequestrar o senador como forma de negociar a liberação de Marcola. Ao menos dez criminosos se revezavam no monitoramento da família do senador em Curitiba, segundo agentes.
Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador. A família de Moro também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.
Conforme apuração do g1, depois de alerta do Gaeco de São Paulo, o senador e a família passaram a contar com escolta da Polícia Militar do Paraná.
Segundo a superintendência da PF, outras autoridades também estavam sendo monitoradas pela facção.
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